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O revolucionário telescópio espacial Kepler morreu

Um dos objetos mais importantes já colocados no espaço pela humanidade está terminando seus dias de exploração e descobertas. O telescópio espacial Kepler, da NASA, ficou sem combustível, anunciou ontem (30) a agência espacial. Com isso, o Kepler não pode mais se reorientar para estudar objetos cósmicos ou transferir seus dados para a Terra. Dessa forma, o trabalho transformador no espaço do lendário instrumento está terminado depois de quase uma década – só para se ter uma ideia da importância do telescópio, ele descobriu 70% dos 3.800 planetas confirmados até hoje pela NASA.

“Como a primeira missão de caça a planetas da NASA, o Kepler excedeu todas as nossas expectativas e abriu o caminho para nossa exploração e busca de vida no sistema solar e além. Ele não só nos mostrou quantos planetas estavam por aí, como também desencadeou um campo de pesquisa totalmente novo e robusto que levou a comunidade científica à tona. Suas descobertas lançaram uma nova luz sobre o nosso lugar no universo, e iluminou os mistérios e possibilidades tentadoras entre as estrelas”, afirma Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da NASA, em um comunicado à imprensa publicado no site da agência.

“O Kepler nos ensinou que os planetas são onipresentes e incrivelmente diversos. Ele mudou a forma como olhamos para o céu noturno”, completa a cientista do projeto Kepler Jessie Dotson, em entrevista ao portal Space.

Fim esperado

O término do combustível do Kepler já era esperado pela NASA. Originalmente, a missão deveria durar cerca de três anos e meio. Porém, durante o procedimento de decolagem, os especialistas perceberam que o peso ainda não tinha atingido sua capacidade máxima, e aproveitaram para encher o tanque de combustível. A missão, então, duraria mais ou menos 10 anos – o Kepler está vagando pelo espaço.

“Com base na quantidade de combustível no lançamento e em nossas estimativas de quanto foi usado ao longo de seus nove anos de voo, determinamos que 2018 seria o ano em que o fornecimento de combustível da espaçonave acabaria. Temos mantido uma vigilância atenta sobre as estimativas de combustível para que possamos estar preparados para trazer o último lote de dados científicos de volta à Terra e aposentar a espaçonave”, diz um FAQ da NASA a respeito do tema.

O Kepler está ficando sem combustível há meses, e os gerentes da missão fizeram a nave espacial “dormir” várias vezes recentemente para estender sua vida operacional o máximo possível. Mas o fim não poderia ser postergado para sempre. O tanque do Kepler finalmente secou há duas semanas. “Isso marca o fim das operações espaciais para o Kepler e o fim da coleta de dados científicos”, sentenciou Paul Hertz, chefe da Divisão de Astrofísica da NASA, durante a teleconferência que informou ao mundo o fim do combustível.

Planetas habitáveis

“O Kepler abriu nossos olhos para a diversidade de planetas que existem em nossa galáxia”, diz o texto publicado no site da NASA a respeito do legado do telescópio. Segundo a matéria, a análise mais recente das descobertas do Kepler concluiu que 20% a 50% das estrelas visíveis no céu noturno provavelmente possuem planetas pequenos e possivelmente rochosos, similares em tamanho à Terra, localizados dentro da zona habitável de suas estrelas-mães. Isso significa que eles estão localizados a distâncias em que a água líquida pode se acumular na superfície do planeta.

O tamanho mais comum de planetas que o telescópio espacial encontrou não existe em nosso sistema solar. São mundos entre o tamanho da Terra e o de Netuno. Kepler também descobriu que frequentemente os sistemas planetários são aglomerados, em alguns casos com tantos planetas orbitando perto de suas estrelas-mãe que nosso sistema solar interno parece escasso.

“Quando começamos a conceber esta missão há 35 anos, não conhecíamos um único planeta fora do nosso sistema solar. Agora que sabemos que planetas estão por toda parte, o Kepler nos colocou em um novo curso que é promissor para as futuras gerações explorarem nossa galáxia”, diz no texto o pesquisador principal da missão Kepler, William Borucki, agora aposentado.

“Lançado em 6 de março de 2009, o telescópio espacial Kepler combinou técnicas de ponta na medição do brilho estelar com a maior câmera digital equipada para observações do espaço exterior na época. Originalmente posicionada para olhar continuamente para 150.000 estrelas em uma mancha do céu na constelação de Cygnus, Kepler fez o primeiro levantamento de planetas em nossa galáxia e se tornou a primeira missão da agência a detectar planetas do tamanho da Terra nas zonas habitáveis ​​de suas galáxias”, diz o texto.

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Fonte: Hypescience
Por: Redação
Data: 01/11/2018 01h42min

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