:Lobos radioativos de Chernobyl podem espalhar genes mutantes pela Europa

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Lobos radioativos de Chernobyl podem espalhar genes mutantes pela Europa

Pesquisadores encontraram, pela primeira vez, provas de que há lobos deixando a chamada Zona de Exclusão de Chernobyl, na Ucrânia, isolada após o desastre nuclear de 1986. Um dado que levanta dúvidas quanto à eventual disseminação de genes radioativos mutantes pela Europa.

Uma pesquisa da Universidade do Missouri, nos EUA, que foi publicada no European Journal of Wildlife Research, revela que, pela primeira vez, foi detectado um lobo saindo da Zona de Exclusão de Chernobyl.

A “zona morta”, abandonada por milhares de pessoas após o acidente nuclear de 1986, é hoje ocupada por populações de javalis, linces e lobos, que se multiplicaram sem a presença dos humanos.

A população de lobos na zona é, atualmente, sete vezes superior à das áreas ao redor, como apontam os autores da pesquisa.

A área se transformou em uma “reserva natural”, como refere o líder do estudo, o ecologista Michael Byrne, da Universidade de Missouri, em declarações ao Live Science.

A pesquisa foi baseada na monitoração de 14 lobos cinzentos, utilizando coleiras com GPS. Foi, assim, que conseguiram detectar a saída de um dos lobos mais jovens da matilha para além da Zona de Exclusão de Chernobyl.

O lobo se afastou até cerca de 300 quilômetros de distância, e um problema no seu colar GPS não permitiu apurar “se o animal voltou eventualmente à Zona de Exclusão ou se permaneceu fora permanentemente”, informa o Live Science.

O certo é que essa é “a primeira prova da dispersão de um lobo para além da Zona de Exclusão”, declarou Byrne, admitindo também que “é razoável assumir que coisas semelhantes acontecem com outros animais”.

E é aqui que surge o temor de que essas espécies possam transportar genes radioativos mutantes para outras populações animais, o que poderia ter reflexos por toda a Europa.

Em 2017, foram encontrados elevados índices de radiação em javalis selvagens das florestas da República Tcheca, a cerca de 1600 quilômetros da central nuclear de Chernobyl.

A Zona de Exclusão continua interditada para habitação, mas abriu recentemente para visitas turísticas.

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Fonte: Zap
Por: Redação
Data: 05/07/2018 16h25min

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