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Alimentação infantil: Seu filho não quer comer?

Primeiro passo é ponderar o que se entende pelo “não comer”; cobrar, empurrar comida ou oferecer recompensas só aumentam ansiedade e negativa dos pequenos

Queixas como “meu filho não come” ou “só come bobagens” são levadas por mães, com certa frequência, a consultórios de pediatria, psicologia ou nutrição. As razões de distúrbios do apetite na infância são variadas. Mas, o que fazer com a criança que não se alimenta? Especialistas explicam como lidar com a situação e apontam alguns erros comuns cometidos por pais preocupados ou, às vezes, impacientes.

A primeira coisa a ser analisada, segundo a psicóloga clínica, Ieda Maria Bertola, é se a criança realmente não se alimenta ou se apenas não come como os pais gostariam. Ela diz que é preciso ponderar o que se entende pelo “não comer”. Se existe dificuldade e a criança apresenta ou pode vir a desenvolver uma deficiência nutricional, a psicóloga informa ser necessário intervir na dieta.

Ieda explica que a dificuldade de se alimentar pode não estar relacionada ao consumo, mas à introdução dos alimentos. “Se a criança não come bem, a causa pode ser o desconhecimento de certos alimentos. A alimentação tem que ser algo cultural, fazer parte da vivência da família”, avalia.

Ela afirma que os pais devem observar também se a dificuldade alimentar é generalizada ou se está apenas em casa ou na escola. Se o problema for pontual, é preciso tentar entender o contexto em que isto acontece e quando a criança se recusa a comer.

A nutricionista, Valéria Arruda Mortara, diz que a diminuição do apetite, a partir de certa idade, pode passar aos pais a falsa impressão de que a criança não quer mais comer. Ela explica que bebês de até um ano e meio de idade se desenvolvem muito rápido e têm grande necessidade de se alimentar. Mas, na faixa etária dos 4 aos 7 anos a criança cresce pouco e o apetite dela também diminui, assustando os pais. “Se o peso está correto e não há deficiência nutricional, não tem que se preocupar”, garante.

Segundo a psicóloga, Ieda Bertola, cobrar, hostilizar ou oferecer recompensas para que a criança se alimente só aumentam a ansiedade e oposição em relação às orientações dos pais. Ela explica que os resultados são mais positivos quando é feito um trabalho de aproximação sucessiva. Isto significa aproximar a criança do objetivo final, que é comer bem, aos poucos.

“É deixar que ela escolha o alimento, ofertar algo que ela goste e ir aumentando o grau de dificuldade”, exemplifica Ieda. A psicóloga alerta que, quando os pais já esgotaram todas as estratégias possíveis, é hora de procurar ajuda de um profissional.

Oferecer alimentos fora do horário das refeições, segundo a nutricionista Valéria Mortara, prejudica a alimentação da criança. Ela diz ser importante ter as refeições definidas e não tentar empurrar comida quando a criança não tem fome. O ideal é comer sentado à mesa, mas é preciso conhecer bem o universo dos filhos. “Não adianta querer que eles comam na mesa na hora do desenho favorito deles”.

Serviço: Nutricionista Valéria Mortara e Psicóloga Ieda Bertola – 3375-6183

Pais devem dar exemplo à mesa

Grávida de seis meses e mãe da Beatriz, de 2 anos, a bancária Andressa Zavierucha da Câmara, 31, confessa que a filha sempre comeu muito bem, mas reforça sua preocupação por uma alimentação saudável. Ela sabe que, aprender a comer certo desde criança, será muito bom para a saúde da filha. “O nosso esforço em apresentar alimentos saudáveis e variados vale à pena”, garante a mãe. Como toda criança, Beatriz gosta de doces, mas Andressa procura regular o consumo e incentivar a ingestão de frutas. As refeições são feitas à mesa e, nos fins de semana, pais e filha sempre comem juntos. A psicóloga clínica, Ieda Maria Bertola, ressalta que a aprendizagem por modelo é bastante eficaz. “Ensinar os passos e se alimentar da mesma forma como deseja que a criança se alimente, traz bons resultados”, explica. A nutricionista, Valéria Arruda Mortara, sugere também outras medidas eficazes para aguçar o paladar das crianças. “Tem que deixar que elas participem na preparação da comida, tentar tornar esse momento divertido e investir numa boa apresentação do prato”, orienta.

Frutas, legumes e verduras desde bem pequenos

Alimentação saudável com frutas, verduras, legumes, poucos doces é um hábito cultivado com bons exemplos de adultos, também. Na casa da veterinária Cláudia Nakamura, 39 anos, isso é levado muito sério. Desde pequenos Karina, de 7 anos, e Caio, 3, aprenderam a importância de se alimentar bem e de forma saudável. Os pais foram fundamentais neste processo e hoje já colhem os frutos da boa educação alimentar dos filhos. Cláudia conta que, após a chegada das crianças, a qualidade da alimentação melhorou muito dentro de casa. Cláudia afirma que evitou oferecer doces aos filhos até os dois anos de idade. “Depois, comecei a liberar um pouco mas, hoje, o interesse deles é moderado”, conta. As crianças almoçam na escola e a mãe se esforça para preparar o jantar todos os dias, mesmo após uma rotina cansativa de trabalho. “É um momento que todos sentamos juntos à mesa, isso os estimula a comer melhor”, avalia. Ela revela algumas estratégias para aguçar o paladar dos filhos. Quando quer apresentar uma fruta nova, por exemplo, faz primeiro um suco dela, para que eles se acostumem com o sabor, e só depois oferece a fruta. Outra dica é misturar os alimentos para que eles fiquem mais atrativos. “A Karina não gosta de brócolis, mas come o legume no yakissoba”, conta.

Mãe faz de necessidade um negócio A triste perda da vovó Catarina, responsável por preparar comidinhas nutritivas e saborosas para crianças de uma escola em Londrina, despertou na neta, Karen Suenson, a vontade de continuar ajudando as famílias na educação alimentar de seus filhos. Com o apoio do marido, Rafael Ranali, abriu uma empresa, há cerca de um mês, para oferecer refeições saudáveis diariamente, preparadas só com alimentos naturais e fresquinhos. Karen também é mãe, cresceu comendo a comidinha da vovó e sabe do grande desafio enfrentado pelos pais na educação do paladar de suas crianças. A ideia, segundo ela, não era montar um restaurante, mas entregar a comida em casa para que a refeição fosse feita em família. “É um momento muito especial do dia e é preciso dedicar mais tempo a isso”, avalia a proprietária. Mais de 200 variações Ela conta que o cardápio, desenvolvido pela nutricionista Valéria Mortara, é dividido por estação do ano e possui mais de 200 variações. Os pratos - oito diferentes todos os dias - são batizados com nomes de vovós. As comidinhas se dividem em quatro fases, de acordo com a faixa etária das crianças – a partir dos seis meses de vida. São, respectivamente, papinhas, cremes, sopas pedaçudas e comidinhas. Karen conta que também oferece porções de frutas da estação para evitar o desperdício em casa. As refeições são vendidas por quilo e, segundo a proprietária, são consumidas por toda a família. “Temos atendido, também, pessoas em reabilitação física ou acompanhadas por nutricionistas”, conta.

Serviço: Papinha da Vovó - Rua Malba Tahan, 300, Jd. Quebec. Horário de funcionamento: diariamente das 10h às 14h e das 16h às 19h. Telefone 3024-0300

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Fonte: Parana On Line
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 28/06/2010 13h06min

Hospital do Câncer de Londrina


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