:Enquanto os senadores se ofendem, 48% dos investidores aguardam o impeachment de Dilma

Enquanto os senadores se ofendem, 48% dos investidores aguardam o impeachment de Dilma - TV Na Rua CornelioDigital Enquanto os senadores se ofendem, 48% dos investidores aguardam o impeachment de Dilma - TVNaRua Cornelio Digital - Notícias, Eventos e Entretenimento
Enquanto os senadores se ofendem, 48% dos investidores aguardam o impeachment de Dilma

Senadores se desentenderam e bateram boca no final da manhã desta quinta-feira (25), no primeiro dia de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment, após a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmar que "metade do Senado" não tem moral para julgar a petista (assista ao vídeo acima).

Senadores favoráveis ao impeachment se irritaram com a declaração de Gleisi e teve início um bate-boca generalizado fora dos microfones da sessão.

Gleisi, então, também alfinetou o líder do DEM. "É [assaltante] de trabalhador escravo", rebateu a petista, fazendo referência ao fato de Caiado ser produtor rural em Goiás.

Um dos mais combativos aliados de Dilma,Lindbergh Farias entrou na discussão e acusou Caiado de ter ligação com o contraventor goiano Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.

Acusado de comandar uma quadrilha que explora jogos de azar em Goiás, Cachoeira foi preso em junho pela Operação Saqueador, da Polícia Federal (PF), sob suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos.

“Sua ligação é com o Carlinhos Cachoeira”, gritou Lindbergh, no momento em que o senador do DEM ironizava o marido de Gleisi.

“Demóstenes [Torres, senador cassado por suspeita de envolvimento com Carlinhos Cachoeira] sabe da sua vida”, continuou o senador petista.

"Tem que fazer antidoping. Fica aqui cheirando, não", provocou Caiado.

Integrante da bancada do PT, a senadora Fátima Bezerra (RN) também entrou no bate-boca e afirmou que líder do DEM não podia “falar mal do PT”.

Para conter os senadores, o presidente do Supremo decidiu interromper a sessão por cerca de cinco minutos.

Quando a sessão foi retomada, Gleisi concluiu sua fala e ressaltou que, na opinião dela, os senadores não tinham moral para julgar a presidente afastada.

A PESQUISA

Pesquisas Amcham: investimentos e decisões estratégicas estão em compasso de espera do impeachment, segundo 48% dos CFO’s.

Enquete Amcham,  ouviu 155 diretores financeiros sobre o atual momento econômico brasileiro, ajuste fiscal e perspectivas

A votação do impeachment vem retardando investimentos e decisões estratégias em empresas brasileiras, segundo 48% dos diretores e gestores financeiros ouvidos pela Câmara Americana de Comércio/AMCHAM, em pesquisa aplicada nesta última terça-feira (23/8), durante edição do CFO Fórum promovido em São Paulo. Outros 35% dos consultados afirmam que a indefinição politica não é um fator de impacto no adiamento de investimentos e estratégias de negócio, 17% preferiu não declarar ou avaliar impacto.  

A enquete realizada pela Amcham envolveu 155 executivos de empresas dos mais variados portes e segmentos. Na percepção de 67% deles, a recente onda de otimismo visto em alguns setores ainda é uma questão pontual, sendo um voto de confiança ao governo de transição e segue sem base concreta que garanta uma melhora da economia, seguindo na espera de reformas e ajustes. Uma parte menor (24%) dos consultados enxergam já uma retomada concreta da economia, em crédito a nova agenda econômica e ajustes do atual governo. E 6% não observam otimismo.

 No médio prazo, o otimismo da economia deverá aparecer de fato. Quando questionados sobre o possível cenário de 2017, a maioria (73%) dos diretores financeiros acreditam que a economia deve retomar e trazer melhoras nos indicadores de consumo e produção. Para 22%, a incerteza perdura, com agravamento da crise no próximo ano. 

Ajuste nas contas públicas é prioridade

Os diretores financeiros enxergam uma grande prioridade na agenda da retomada econômica: ajuste nas contas públicas, na visão de 83%. Outras ações foram citadas em menor escala por eles: reforma trabalhista (6%);  maior diálogo público-privado (5%), e reforma da previdência (2%).

Para 65%, o principal fator da crise no Brasil é politico, em decorrência dos escândalos de corrupção e conflitos partidários e de governo.  O fator econômico é visto por 32%, citando como causa a situação fiscal enfrentada pelo governo. Só 2% enxergam a influência externa e da desaceleração das grandes economias globais.    

 Preocupações

No cenário macroeconômico, alguns fatos estão preocupados os CFO’s brasileiros. Na pesquisa da Amcham, eles listam como grandes pontos de observação em comum: consumo em baixa (39%), possibilidade de aumento de impostos (17%), inadimplência alta (14%) câmbio volátil (13%) e crédito escasso (5%).

A crise trouxe também pressões internas na sua atividade de gestão financeira da companhia. Na agenda de 56% deles, a busca por eficiência e otimização de processos aparece de forma mais intensa por conta do contexto de incerteza econômica e politica. Corte de gastos (24%); gestão do risco financeiro (9%) e busca por crédito (6%) foram outras atividades citadas pelos diretores financeiros como grandes atribuições do financeiro neste ano. 

Dirceu Pinto
Gerente de Comunicação |AMCHAM BRASIL  

Visualizações 956
Fonte: Tv Senado
Por: Antonio Delvair Zaneti
Data: 25/08/2016 20h47min

Hospital do Câncer de Londrina


CONTATO
[email protected]
[email protected]
(43)99920-1893



TV Na Rua / CornelioDigtal / BandDigital- 2006 - 2023