:Agro em risco no Paraná: Institutos estaduais de pesquisa e suporte sofrem com equipes defasadas

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Agro em risco no Paraná: Institutos estaduais de pesquisa e suporte sofrem com equipes defasadas

A falta de contratação de pessoal em duas das principais instituições que atuam na agropecuária no Paraná coloca em risco a produção no Estado. Tanto o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) – que são administrados pelo Governo do Estado – sofrem com equipes defasadas, situação que causa um efeito dominó que atinge agricultores, consumidores e a economia paranaense.

Os problemas que atingem Emater e Iapar são semelhantes: o gargalo no acompanhamento aos agricultores e no desenvolvimento de pesquisas está na falta de profissionais para composição de equipes técnicas e na área administrativa.

O diretor-presidente do Emater, Richard Golba, alerta que o principal problema na instituição está na falta de equipes administrativas. “Para tocar uma estrutura, tem que ter pessoal de suporte. E o Emater está ficando sem esse time de suporte, a área administrativa está totalmente defasada”, afirma.

“Não estamos conseguindo avançar por conta da restrição permanente de ordem financeira e orçamentária do Estado”, lamenta ele, que aponta atrasos em processos, contratação de serviços e consequentemente a execução dos trabalhos. Para a parte técnica, a saída está na realização e parcerias com prefeituras, que cedem profissionais que atuam como extensionistas, junto aos agricultores.

Menos da metade dos agricultores paranaenses contam com apoio do Emater. Levantamento da Associação dos Funcionários do Instituto Emater indica que aproximadamente 130 mil entre os 305 mil agricultores do Paraná recebem assistência do instituto.

Para o presidente da entidade, Jose Carlos Schipitoski, o número de atendimentos poderia ser muito maior caso o Emater contasse com mais equipes para realizar o atendimento. “Mantemos o quadro de extensionistas abaixo do necessário, faltam técnicos para atender os agricultores familiares”, destaca. A atuação de cooperativas e até mesmo da iniciativa privada conseguem suprir parte da necessidade, “que é dever do Estado”, reforça Schipitoski.

Pesquisa

No Iapar, o número de funcionários está em menos da metade do previsto e o quadro de profissionais tende a diminuir cada vez mais por conta das aposentadorias e licenças. Em alguns casos, os profissionais seguem atuando como voluntários para garantir a continuidade dos trabalhos de pesquisa.

“Precisamos manter a agricultura com alto grau de sustentabilidade e ingressar nos novos padrões de produção; a agricultura 4.0, digital, de precisão, a nanotecnologia no processo produtivo, sem falar nas tecnologias mais tradicionais e também novas variedades de semente”, comenta o diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto. Ele destaca que “o Paraná precisa readquirir a condição e investir em recurso humano”. De acordo com ele, isso pode garantir o andamento das pesquisas na área.

Assim como no Emater, a situação nos estudos sobre a agircultuea só não fica caótica graças a uma rede de pesquisa, que envolve universidades e a iniciativa privada.

“A cultura do arroz está praticamente extinta dentro do Iapar, do trigo [que acaba sendo importado da Argentina]… A falta de pesquisa agrícola no Iapar atinge muito o produtor, que poderia estar variando seu plantio. Também prejudica o cidadão comum, que paga mais caro já que tem produtos importados. Se a pesquisa estiver acontecendo, isso ajuda o produtor e o consumidor”, ilustra o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estadual na Área de Pesquisas Agrícolas e Agropecuárias do Estado do Paraná (Sindpar), Ricardo Moura. De acordo com ele, a ausência de profissionais afeta todas as áreas da instituição.

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Fonte: Ta No Site
Por: Redação
Data: 04/09/2018 17h59min

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